sábado, 29 de dezembro de 2007

Vontade de dizer o que penso.. e quem não a tem? Vontade de gritar o que quero! E por que quero? Aquele que se cala, covarde. Ou será que não?
"No fim do túnel tudo escuro", mas se sair tem a luz! Difícil é sair. É querer sair.. encarar o sol de frente e dar ao peito a possibilidade do tapa, que pode simplesmente não vir! (rs) Ironias..
Hoje é só.. e me calo! (com a vontade no peito de gritar o que quero)

Saudade

Uma vontade, eterna
Um querer, sincero
Um dizer, mudo
Uma palavra, não dita (maldita!)

O encontro com o branco
Que se "mais branco" ele for, apavora
Contrasta..
E espera

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O enfeite é a mentira

O enfeite é a mentira
O enfeite é a mentira? Pra mim ela só tira! "Men-tira", "menos" e "tira". Como algo que tira pode enfeitar? Ela é menos, todo enfeite é mais, é algo a mais. A mentira é menos!
O enfeite é a mentira!
Não não não, está errado. A mentira faz faltar. Falta a verdade, é isso que ela tira. Quando se tira a verdade nada se fica!
O enfeite é a mentira.
Ai ai ai.. como você é insistente! A mentira deixa um buraco, uma vazio.. ela é de menos e sempre demais. Mentira é sempre demais, é algo insuportável exatamente por ser demais, e ao mesmo tempo por deixar faltar. Tudo que falta assusta. A mentira assusta.
O enfeite é a mentira..
A mentira tira a verdade e "me-tira" também. Eu falto na mentira. Eu deixo de existir. Não existe um "eu" na mentira. Ela é contada de um lugar que não permite um "eu". Ela é contada de um lugar da falta. Como pode alguém se constituir da mentira? Se constituir da falta?
Tá bom, vou dizer de outro jeito: a mentira enfeita

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Conto de Natal

Véspera de Natal..

Era manhã de véspera de natal, mas tinha algo de diferente no ar.. as pessoas adultas se mechiam diferente naquele dia, riam menos, falavam menos, estavam mais sérias. Pra uma criança às vezes essas coisas passam, mas outras vezes não. Qual a diferença aquele ano? Será que Papai Noel havia avisado que não viria? Ah, mas ele vinha! Ele sempre vinha! Vestido de vermelho, com um saco com muitos presentes e era a alegria da garotada! Sempre foi assim. Todos os natais foram assim. Por que esse haveria de ser diferente?
A noite da véspera de natal passou.. algo estranho não? Estava faltando algo.. pra uma criança às vezes as coisas passam, mas outras vezes não..
Manhã de natal. Ao acordar a criança percebe algo ao pé da cama. Um embrulho. Um presente. Um brinquedo. Mais importante do que abri-lo era questionar-se porque não vira quando Papai Noel o depositara ali. Ela sempre via.. isso estava diferente.
Interroga o primeiro adulto que vê. Onde estava o Papai Noel? Por que ela não o vira?
Um adulto sem tato, esquecido que teve infância, responde: mas minha filha, o vovô morreu!
Isso não passou pra criança. Até hoje ela lembra do Natal em que perdeu seu avô e o Papai Noel.